quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

quantas vezes você foi feliz sem quebrar o brinquedo

queimei o fofão na fogueira de são joão pra poder retirar a espada do cão. e a xuxa, enforquei que nem o judas, aquele canalha. os trilhos que faltaram na construção do ferrorama do meu irmão, fui eu quem escondi e nunca mais achei. eu furei o pogobol. eu soltei os periquitos australianos da gaiola. eu arranquei as cabeças da moranguinho e da uvinha e tirei uma das patas do meu querido pônei. cortei os cabelos da barbie da minha prima, e os próprios cabelos dela alegando ser o grito da última moda, coitada. no ursinho carinhoso, cor-de-rosa, fiz bigodes e tapa-olho de pirata, mamãe brigou comigo. o helicóptero elétrico do mackgueiver, dele, fiz um vôo rasante na bacia d’água e quebrou a parte eletrônica. o cartucho do vídeo game cce do almir filho, eu desconfigurei. o carrinho de rolimã, dado pelo meu pai a ele (e só a ele), eu afrouxei os rolamentos, e ainda assim ele não caiu na ladeira (gracias!) quantas vezes você foi feliz sem quebrar o brinquedo?!..
.
.
eu fiquei pensando nesse texto (que ainda não está finalizado) só para começar uma conversa sobre experimentações. eu me permiti ousar as coisas. e isso tem conseqüências outras, boas ou ruins.e não pensem que esse texto me coloca na filinha das garotas más que não ganharão presente de natal, não. experimente você também quebrar seus brinquedos e afetos. e passe bem.

Nenhum comentário: